quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cores fortes no jardim








Gosto muito de usar cores forte no jardim. O jardim da Catita possui muitas plantas autóctones, cuja floração ocorre, sobretudo, ao longo dos primeiros 6 meses do ano. Se não existissem algumas buganvílias e um ou outro loendro, o jardim seria muito monocromático durante o verão, mas, mesmo assim, não deixa de ser interessante...
Para compensar essa ausência de flores, mas especialmente de cor, tenho optado, ao longo dos últimos anos, pela pintura de alguns muros, criando bonitos contrastes com o verde das folhas.
Com a construção deste muro, tive a oportunidade de aumentar a privacidade no espaço, mas, mais importante, melhorei as condições do jardim. Agora, só falta pintar de azul as portas, a sua cor original, e duas cadeiras, para a área ficar pronta.
A última foto mostra a bela flor de uma pequena erva (Campanula lusitanica), que cresceu na calçada da Catita.

terça-feira, 29 de maio de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Setor 12, 30km entre Marmelete e Bensafrim





Embora tenha sido longa, esta última caminhada foi talvez, na minha opinião, uma das menos interessantes. Passamos por muitas pequenas casas perdidas na paisagem e completamente abandonadas, um sinal óbvio da vida dura associada a estas famílias noutros tempos. Mesmo assim, gostei de dar uma espreitadela a algumas desta ruínas e perceber como e em que condições estas gentes viveram as suas vidas. Junto ao caminho, um velho lagar de azeite com uma boa parte do recheio, uma verdadeira relíquia da arqueologia industrial. 
Infelizmente, a primavera no Algarve está a chegar ao fim e, com ela, o ciclo das flores autóctones. Talvez por isso este percurso da Via Algarviana não me tenha convencido...

sábado, 26 de maio de 2012

Um último olhar sobre o setor 11 da Via Algarviana






Estas fotos já estavam esquecidas, mas, como fazem parte de um dos mais belos percursos da Via Algarviana, e mostram uma realidade muito pouco associada ao Algarve, achei que fazia sentido partilhar com os amigos deste blog...
Amanhã é dia de mais uma caminhada, desta vez entre Marmelete e Bensafrim, mais 30km...
Bom fim de semana.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Limpeza de mosaicos hidráulicos




Se há algo que gosto de usar em pavimentos exteriores, são os velhos mosaicos hidráulicos que outrora eram usados nas casas algarvias, mas não só. Tenho recolhido muitos mosaicos em demolições e entulhos, pois acho que são uma excelente opção, quando combinados com a tijoleira manual feita em Santa Catarina, no concelho de Tavira. 
Pois bem, hoje deixo aqui mais uma dica: desta vez sobre como recuperar algum do brilho e das cores tão característicos destes mosaicos. Para isso, basta usar uma lixadeira e uma lixa para pedra. Rapidamente mudam de aspeto, como pode ser constatado pelas fotos. Este novo pavimento irá fazer a ligação do muro  que construí, ao pavimento da pergola já existente.
Deixo-vos com uma foto das primeiras flores do ano do jacarandá da Catita, dado que maio é o mês da floração destas árvores.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Maio é um bom mês para enxertar alfarrobeiras...




...e não só. As alfarrobeiras, ou alfarrobeirões, como são conhecidas antes de serem enxertadas, são uma das árvores mais comuns no Algarve, e provavelmente foram introduzidas pelos Romanos nesta região, há muitas centenas de anos.
Durante este mês, os agricultores locais procedem à enxertia das alfarrobeiras, e foi o que fiz esta manhã. As árvores que enxertei hoje foram plantadas há três anos e, como já estão bem enraizadas, estão prontas para receber o enxerto. Este basicamente consiste em remover um pedaço da casca e substituí-lo por outro do mesmo tamanho, de uma alfarrobeira adulta, e com um "olhinho".
Tenho no terreno um velha alfarrobeira muito produtiva, onde arranjei um ramo, de onde tirei 18 cascas com "olhinhos" suficientes para enxertar 6 árvores. Como este trabalho deve ser feito nas horas de menor calor, deixei as restantes árvores para outro dia. 
Com maio, vem também a necessidade de pulverizar as videiras, de forma a proteger as plantas e os cachos do míldio e do oídio, e durante as próximas semanas é algo que tenho de repetir de 12 em 12 dias. 
Por fim, fui ainda mostrar a um amigo, que infelizmente não conseguiu descer, um dos segredos mais bem guardados do Algarve...O ponto azul na foto é o meu amigo!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Via Algarviana entre Monchique e Marmelete







Mais algumas fotos da última caminhada de 15 km entre Monchique e Marmelete. Esta serra é o "tecto" do Algarve, embora só tenha 902 metros de altitude. As características geológicas desta serra permitem, entre muitas outras coisas, a cultura de castanheiros e cerejeiras, e as camélias são um dos arbustos mais comuns nos jardins.
Quando quero plantar no jardim algo que necessite de terras ácidas, é aqui que venho buscá-la com a minha carrinha. Ainda não há muito tempo levei cerca de uma boa tonelada.
Chamo a atenção para a foto de um conjunto de velhas casas da aldeia do Barbelote, localizada muito próximo do topo da serra e que, penso, ainda está à venda... Um pequeno paraíso com direito a fontes de água mineral, quedas de água e uma paisagem a perder de vista. Um sítio verdadeiramente fantástico 

domingo, 20 de maio de 2012

As adelfeiras e albardeiras de Monchique











Setor 11 da Via Algarviana: finalmente a "cereja no topo do bolo". No cimo da Serra de Monchique, esperavam-nos duas das mais belas plantas em plena floração, e que são espontâneas por cá: os rododendros (Rhododendron ponticum), conhecidos localmente por adelfas, e muitas e belas flores de rosas albardeiras (Paeonia broteroi). Esta serra é o local onde encontrei mais rosas albardeiras desde que iniciei as caminhadas da Via Algarviana.
Os rododendros fazem parte do grupo de plantas espontâneas mais raras do nosso país e, quanto a mim, são uma das mais ornamentais e, infelizmente, menos usadas em jardins por cá...
Estes são um dos "segredos" do Algarve que poucos conhecem, como foi o meu caso, pois só agora, ao fim destes anos todos, consegui vê-los em plena floração, em estado selvagem.
Esta caminhada, ao contrário da anterior, foi feita debaixo de muita chuva, granizo, vento forte, nevoeiro e frio, e com 20º a menos de temperatura!